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terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Cosmam recebe informações sobre combate ao Aedes Aegypti




A Comissão de Saúde e Meio Ambiente (Cosmam) da Câmara Municipal de Porto Alegre realizou nesta terça-feira (14/2) reunião para tratar de ações contra o mosquito Aedes Aegypti na cidade: a forma de ação epidemiológica, o monitoramento e o controle vetorial do mosquito.
O vereador André Carús (PMDB), presidente da comissão, abriu a discussão destacando que o objetivo da segunda reunião ordinária da Cosmam era de dar conhecimento aos vereadores e à comunidade sobre as ações de combate ao mosquito, que continuam sendo intensificadas, e de alertar a população dos riscos das doenças que ele transmite. “É fundamental a integração dos agentes de saúde, do legislativo municipal e principalmente da parceria com a comunidade e dos meios de comunicação”.

O coordenador adjunto da Vigilância em Saúde (CVGS), José Carlos Sangiovanni, esclareceu que o Aedes Aegypti é vetor de quatro doenças: febre amarela, dengue, zika e chikungunya. Segundo Sangiovanni, apenas as fêmeas que têm o vírus da dengue em suas glândulas salivares são capazes de transmitir a doença para o homem. “O dado é obtido por meio do monitoramento semanal na colocação de 935 armadilhas para captura do mosquito adulto em 31 dos bairros da cidade considerados como vulneráveis para as doenças transmitidas pelo Aedes ou com histórico de casos”.

O vereador José Freitas também esteve presente e enfatizou a necessidade de se investir em divulgação através de rádio e TV. "Creio que  prefeitura deva buscar alternativas para se investir em mídia de forma incisiva a ponto de ficar gravado na consciência da população a importância de se atentar aos perigos do mosquito e para isso é necessário a parceria também de todos nós, falando com os conhecidos, esclarecendo as pessoas", finaliza.

De 2009 até 2016, a campanha contra o mosquito foi de grande proporção na capital. Foram vacinados cerca de 640 mil portoalegrenses, tendo um controle de vigilância epidemiológica de 24 horas por dia. Em 2016, foram 301 casos de dengue em Porto Alegre, com surtos da doença em bairros como Chácara das Pedras, Vila Nova e Partenon, constatados através de mapeamento e a colocação de armadilhas nesses locais.

Conforme o secretário adjunto da Saúde, Pablo de Lannoy Sturmer, que também acompanhou a reunião, trata-se de uma tendência sazonal, pois o aumento da infestação é comum no verão, em razão dos registros mais frequentes de temperatura elevada e acúmulo de água parada em residências fechadas por moradores que se deslocam para o litoral e não fazem a verificação semanal necessária para evitar os criadouros do vetor. “A parceria entre população e órgãos de saúde está sendo ampliada através de visitas diárias dos agentes nas residências e a aplicação de inseticidas em terrenos abandonados. Com isso, eliminam-se 70% dos casos de dengue na capital”, explica.

Conforme a prefeitura, o trabalho é intenso e contínuo através da realização de um processo de mutirão nas unidades de saúde, repassando as notificações em todas as regiões da cidade, constatando se há uma possível epidemia do mosquito, alertando assim a população. E através do site www.ondeestaoaedes.com.br é possível saber mais sobre os cuidados e índices de infestação do vetor.


Também estiveram presentes na reunião representantes das Unidades Básicas de Saúde da Bom Jesus e da Restinga e Conselho Municipal da Saúde, além dos vereadores que fazem parte da Cosmam, Mauro Pinheiro (Rede), Aldacir Oliboni (PT), José Freitas (PRB), Paulo Brum (PTB) e  Moisés Maluco do Bem (PSDB).


Texto: Priscila Bittencourte (reg. prof. 14806)

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