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quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

Moradores da Ponta Grossa pedem providências sobre alagamentos na região



Moradores da Associação de Moradores da Estrada Retiro da Ponta Grossa (Amoerp) foram recebidos, na tarde desta terça-feira (6/12), pela Comissão de Defesa do Consumidor, Direitos Humanos e Segurança Urbana (Cedecondh) da Câmara Municipal. Em pauta, a discussão sobre o Corredor Ecológico projetado para o bairro e as zonas de alagamento provocadas pelo aterramento e ocupação de um terreno paralelo ao Arroio do Salso, que deságua na região.
De acordo com o presidente do conselho da Amoerp, Luiz Carlos Borges de Castro, a área, que seria destinada à implantação de um Corredor Ecológico, e que fica ao lado de uma Área de Proteção Permanente (APP), próxima à Estrada do Retiro da Ponta Grossa, está ocupada ilegalmente. “O local foi aterrado indevidamente, o que provoca o transbordamento do arroio, impedindo o direito de ir e vir das pessoas”, afirmou ele, dizendo que a situação atual representa risco à comunidade.
Na mesma linha, a presidente da associação, Ivani Teresinha Zorzo, falou que o assoreamento do terreno é diretamente ligado às zonas de alagamento na comunidade. “O proprietário, após o aterramento, loteou indevidamente o espaço, o que deixa a avenida principal do Retiro da Ponta Grossa intransitável”, alegou. Segundo ela, cerca de 50 famílias, adquirentes do terreno, ocupam o local.
Ações legais
Questionados pelo vereador Adeli Sell (PT) sobre possíveis ações legais contra o proprietário, os representantes da Amoerp afirmaram que já existem processos em tramitação. “Já foi impedida a construção e o loteamento, mas ele desrespeitou o tratado. Também tentamos intervir junto às secretarias de Urbanismo (Smurb) e Meio Ambiente (Smam), mas sem sucesso”, afirmou Luiz Carlos. “Existem também duas ações civil-públicas na Procuradoria-Geral do Município”, completou Ivani.
Após ouvir a explanação dos representantes da comunidade, o vereador Adeli Sell sugeriu uma reunião imediata junto à PGM. “Eu conheço a região e creio que é preciso pressionar a procuradoria para que se tomem medidas legais”, alegou, sugerindo que seja levado ao órgão os materiais da Smam, Smurb e do Departamento Municipal de Água e Esgoto (Dmae) referentes ao espaço.
Conforme Alexandre Burman, supervisor de Meio Ambiente da Smam, a ação da pasta fica está restrita às indicações da PGM. “Estamos aguardando os movimentos da procuradoria”, destacou. Nesse sentido, a bióloga da secretaria, Maria Carmem Bastos, explicou que a área é muito importante, e a ideia seria torná-la uma Área de Proteção Ambiental (APA). “Há muitas espécies que dependem daquela área e que precisam ser preservadas”, justificou.
Encaminhamentos
Após o encontro, ficou definido pelo presidente da comissão, vereador Dr. Thiago (DEM), que será realizada uma reunião oficial da Cedecondh, munida de subsídios do Dmae, Smurb, Smam e da Amoerp, junto à Procuradoria-Geral do Município, para que haja o acompanhamento das ações que já constam no órgão e a celeridade no processo de regularização da área. Também será agendado um encontro junto à Promotoria de Justiça e Defesa do Meio Ambiente de Porto Alegre.
Também estiveram presentes na reunião os vereadores José Freitas (PRB), Prof. Alex Fraga (PSOL), João Bosco Vaz (PDT) e Marcelo Sgarbossa (PT), além de representantes das secretarias municipais de Segurança (Smseg) e Urbanismo (Smurb), Departamento de Esgotos Pluviais (DEP), Departamento Municipal de Água e Esgoto (Dmae), Polícia Civil e Brigada Militar.

Texto: Paulo Egidio (estagiário de Jornalismo)
Edição: Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)

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